Uma das coisas que mais me encanta nesta atividade é o fato de que, depois de mais de 2.000 leilões e 13 anos de trabalho, nunca tive um igual ao outro.

E sabe por que? Envolve pessoas… litígio e cada um tem uma essência.

Mas como eu tenho que responder a esta questão, de forma objetiva vamos ao que interessa. Entre outros fatores, os principais problemas de um leilão são:

1️⃣ Herdeiros ocultos: eles aparecem depois da arrematação, dizem que não sabiam de nada e o pior: o Juiz tem que desfazer a compra. O problema maior é que nem sempre é possível prever este tipo de acontecimento.

2️⃣ Convivente escondido: hoje, com a legalização da união estável, o réu pode estar em convivência nesta situação e ninguém saber. Aí aparece com uma nuvem o convivente, comprova a legalidade da união, diz que não foi chamado para responder o processo e adivinha? O juiz é obrigado a anular o leilão.

3️⃣ A demora na resolução: para muita gente, 6 meses/um ano é muito tempo. Para quem convive com judiciário no Brasil, isso é perfeitamente normal. Mas para pessoas “comuns”, parece uma vida inteira. Mas nem sempre é assim. A maioria das arrematações levam entre 3 e 6 meses para resolver totalmente.

4️⃣ Demora para baixas de penhoras: quando o processo é antigo, ou quando o réu é um devedor contumaz, existem muitas penhoras e as vezes de processos arquivados há 20, 30 anos. O desarquivamento destes processos, na maioria das vezes, demora algum tempo.

Estes são apenas alguns dos que podem ser chamados de problemas. A depender do ponto de vista não é tão ruim assim. Quando se tem um lucro de 30, 40, 50% ou até mais, não vejo problema em enfrentar estes percalços.

CC